Meus Top 10 de 2024

 Thales: Top 10 de 2024




































    Oiii! Quanto tempo. Percebendo a minha própria ausência no fim de 2024 e 2025, decidi dar uma compensada. Além da lista de meus Top 10 de 2025, que deve sair até 1º de Janeiro (se tudo der certo!) também vou dar uma recuperada no tempo perdido e revisar também o ano de 2024! Pra mim, foi um ano muito importante musicalmente, onde eu tava ligado semanalmente nos lançamentos semanalmente, discutindo-os ativamente e buscando música nova (coisa que não aconteceu em 2025 por exemplo). 
    Isso tudo resultou em uma lista que eu pessoalmente amo muito, onde todos os 10 álbuns são no mínimo 9/10 (ainda não superei meu próprio sistema de notas). Enquanto minha lista de 2023 por exemplo, tinha alguns álbuns que hoje em dia eu não seria tão simpático sobre mais. No fim acredito que realmente só consigo absorver um ano inteiro no ano seguinte, por isso que eu acho que essa lista é incrível.
    Além de ser uma lista muito boa, eu nem mesmo consegui inserir uma multitude de álbuns que eu queria muito ter inserido. Por isso vou me dar a liberdade de lançar 5 menções honrosas:
  1.  Cindy Lee - Diamond Jubilee
  2. JPEGMafia - I Lay Down My Life for You
  3. Milton + Esperanza
  4. Tyler, The Creator - Chromakopia
  5. Thalin, Cravinhos, VCR Slim, Pirlo & iloveyoulangelo - Maria Esmeralda (esse quase entrou no top 10!)

Dada as menções, vamos para a lista! 

10. beabadoobee - This is How Tomorrow Moves

https://e.snmc.io/i/fullres/s/7fe83126304193ff264b421aba33ad83/12101546

    É estranho começar essa lista com This is How Tomorrow Moves. Pra um álbum que teve tanto impacto em mim de uma artista que eu considero uma das minhas vocalistas da geração. Isso só mostra que nessa lista não tem lugar para reclamações ou sequer pontos a se considerar, apenas ótimas canções e recomendações do coração.
     This is How Tomorrow Moves é um álbum muito verdadeiramente beabadoobee. Você percebe em todas as canções a influência daquilo que ela fez antes, e ao mesmo tempo, com uma mão poderosa do Rick Rubin, é um som que claramente evoluiu desde aquela menina que escreveu "Coffee", "Apple Cider" ou até mesmo "The Perfect Pair". Isso está tanto na honestidade auto reflexiva da Beatrice, ao falar de seu relacionamento antigo em "This Is How it Went", a falar de seu falecido sogro em "The Man Who Left Too Soon".
    Claramente eu gosto desse álbum ainda mais do que gostei de "Beatopia", o que é irônico, dado que eu dei o mesmo primeiro lugar em 2022 na época. Com um ano de absorção, ele continua sendo meu projeto favorito da cantora e eu mal posso esperar para acompanhar ela no futuro.
 

9.  Kendrick Lamar - GNX

https://e.snmc.io/i/fullres/s/ecfa02f2de0c4e407576898d23d9a054/12744501 

    O que Kendrick Lamar fez de 2024 até o começo de 2025 foi verdadeiramente lendário. De uma série de diss tracks para o Drake, que culminou nas lendárias Meet the Grahams e Not Like Us, até uma apresentação genial no Superbowl em 2025, em que ele ironizou com o fato de que o músico negro é tratado como uma comodidade, um jogo para entreter o público. O ponto mais importante de todo esse ano para ele acabou sendo o lançamento surpresa de GNX, álbum que virou hino na minha casa.
     Com um tema muito mais dissipado, diferentemente de seus outros albuns, GNX tem uma temática bem simples: Trechos vocais de Deyra Barrera no começo de algumas músicas como wacced out murals, gloria e reincarnated. O real foco do álbum é em bangers de peso, com produção de Jack Antonoff, que mostra sua versatilidade com Lamar e Carpenter em um ano em que ele foi altamente criticado por seu "output genérico" com a Taylor Swift. As canções que se destacam dentre estes bangers são claramente squabble up e tv off, que é praticamente um Not Like Us parte 2. Mas é mais do que necessário ressaltar hey now e peekaboo também
    A parte que este álbum mais me pega na verdade, é nos slow burners. As músicas que mais me encantaram foram reincarnated e heart pt. 6, além das colaborações com a Sza em luther e gloria. Essas canções mostram uma evolução de proeza lírica do Kendrick que fica mais clara a cada dia que passa, com storytellings imersivos, onde o rapper aborda temas como legado, sua própria relação com sua arte e processo artístico e como era fazer música em Compton com seus amigos antes de tudo explodir.

8. Twenty One Pilots - Clancy

https://e.snmc.io/i/fullres/s/8926d93ca0c596f6dda4c01529b20c73/13515455 

    O que falar de Clancy que já não foi falado? Eu tenho vários pensamentos sobre o que para mim é o melhor álbum da minha banda favorita desde Trench (um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos). O ponto principal a se ressaltar quando se trata de Clancy, é sua potencialidade de encaixar energias totalmente opostas em um projeto tão conciso. A transição de Backslide para Midwest Indigo, ou a notória transição de The Craving (Jenna's Version) para Lavish mostram isso de forma essencial.
    Clancy não é apenas essencial para a discografia da banda, mas também é uma virada de chave artística. Eu não sou a pessoa mais crítica de Scaled And Icy que você vai ver, mas é claro que houve um boost em inspiração de Tyler Joseph no período entre estes álbuns, e um retorno a formas passadas, de certa forma, com foco em bangers com baixo distorcido, como é o caso de Next Semester e Navigating, mas também uma expansão em timbres de sintetizador com Oldies Station, Overcompensate e At The Risk of Feeling Dumb. 
    Vamos acabar falando bem mais da banda na review de 2025, principalmente desses bangers com o baixo, mas adiantando um pouco, acho verdadeiramente impressionante o world building e o tato que Tyler Joseph tem para narrativas, e como este álbum consegue impressionar nessas narrativas ao mesmo tempo que o letramento do álbum não depende desta compreensão. Acredito que este seja o caso para todos os álbuns da banda desde Trench, o que não deixa de ser impressionante 4 álbuns dentro dessa jornada.
 
 

 7. Crizin da Z.O. - Acelero

 

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    Esse me pegou de surpresa de uma forma imensa em 2024, virou parte da minha rotação semanal sem eu perceber e quando percebi, já sabia os versos de cor. Esse é o tipo de choke-hold que as batidas de Crizin da Z.O. tem em você sem nem você perceber. Começa com um flow legal, uma bateria composta pelo Igor Cavalera ex-Sepultura, mas o que sempre te pega é a forma que o Criz decide entregar os versos dele.
    O Hip-Hop pode ser épico, pode ser gangsta, pode ser ostentação, mas também não há motivo nenhum para o Hip-Hop não ser cotidiano. Os versos e barras do Crizin demonstram justamente essa potencialidade, de uma forma sagaz e intimista. Isso combinado com um claro conhecimento de mundo que o autor tem e como ele faz uso disso, citando grandes pensadores contemporâneos, enquanto narra um dia em que ele saiu de casa sem pacote de dados.
    Acelero também é como um projeto, uma apoteose para o movimento internacional do Hip-Hop Industrial, um movimento que tem como referências JPEGMafia, Death Grips e Run The Jewels, também é o que levou às batidas eletrizantes de Crizin e que, depois de mais de um ano, ainda tenho o batidão de Calmo Apesar de Tudo na minha cabeça

 6. adorável clichê - sonhos que nunca morrem

https://e.snmc.io/i/fullres/s/a9d56e927b2f21c6a1d67592f327ecbe/12297348 

    Desde 2018 que eu espero um projeto como esse... em 2018 lançou o debut de Adorável Clichê. Tem certos grupos que você escuta uma vez e percebe que eles tem algo de muito especial rolando, uma química inexplicável e uma criatividade quase que ilimitada. O segundo do grupo. sonhos que nunca morrem, me prova isso mais ainda que o primeiro do grupo, O Que Existe Dentro de Mim. 
    Escutar sonhos que nunca morrem se assemelha muito ao abraço de um amigo que você não vê a muito tempo, a voz da Gabi, sempre bem doce mas potente ao mesmo grau, trás uma emoção muito certeira, com letras dessa vez mais consolidadas do que nunca e que já me fizeram emocionar muito. Só os deuses sabe o quanto eu chorei escutando "as coisas mudam pra melhor" e cantar em coro "chegar em casa só pra sentir..." junto com um bar lotado.
    O grupo se afasta significativamente do Shoegaze nesse álbum em comparação ao primeiro, focando mais em texturas de reverb e um uso mais avançado da dinâmica, ainda tendo uma bateria explosiva e guitarras distorcidas, mas também uns riffs mais elaborados, contraste que funciona perfeita em canções como fogo. As guitarras de Marlon muito bem compostas junto à potência do baixo do Lucas (de quem eu peguei a setlist) se complementam perfeitamente, enquanto isso é somado com a bateria complexa e virtuosa do Diogo, que apesar de sua complexidade, não é invasiva com os outros timbres.

 5. Charli XCX - Brat

https://e.snmc.io/i/fullres/s/e8907ff381144a1662128a1f0219656b/12232228 

 
    Não existe lista de melhores álbuns de 2024 sem a presença do álbum que definiu o ano, tanto sonoramente quanto culturalmente. Charli XCX vem depositando suas moedas em uma sonoridade e refinando ela desde Vroom Vroom em 2016, se aliando a produtores como A.G. Cook, SOPHIE e outros membros do movimento que era PC Music. Essas moedas foram muito bem pagas, não só pela influência que Charli tem na cultura Pop desde então, mas também no seu próprio resultado artístico, que passou por Pop 2, Charli e how i'm feeling now, para finalmente conseguir seu lugar merecido no spotlight com Brat.
     Como esse álbum já foi visitado anteriormente, e desde então aconteceu MUITA coisa no mundo Brat, vou falar mais aprofundadamente sobre o que aconteceu desde então, e como que essas 15 tracks originais se seguram hoje em dia, mesmo após um álbum inteiro de remixes e mais 3 músicas do Deluxe. 
    É impressionante como esse álbum inteiro se segura, mas é inegável que certos momentos do álbum perdem um pouco de seu valor quando comparado aos remixes, como Talk Talk, que ganha muito com o refrão do Troye Sivan e Girl, So Confusing, que soa incompleta sem o verso da Lorde, a ausência de Guess (principalmente o remix com a Billie) tira bastante potencial do álbum.
    Apesar de tudo isso, as 15 músicas originais tem um suco que poucos álbuns hoje em dia conseguem ter, e mesmo sem os remixes que ficaram melhores que os originais, e mesmo sem Guess, elas soam muito bem, principalmente músicas como Apple e Everything is Romantic, que soam melhores a cada escuta. 
     

 4. Magdalena Bay - Imaginal Disk

 https://e.snmc.io/i/fullres/s/0947feda829b604eef8c1f43937d06bf/12301754

    Magdalena Bay é, hoje em dia, o suprassumo da música Pop e do Synthpop, vocais altamente marcantes e camadas sonoras cheias de textura, variação e volume. Não é a toa que o mundo indie foi totalmente capturado pela sonoridade impressionante do duo. Em uma análise superficial de melodia e ritmo, não existe muito de inovador além de uns compassos quebrados e umas modulações, o que mais pega a todos que escutam Magbay e principalmente Imaginal Disk, é a construção de cenário musical, como todos estes elementos dançam uns com os outros e te levam para dançar junto.
    Assim como pra Charli, 2024 foi um ano muito especial para Magdalena Bay. Com uma turnê gigante, incluindo ser ato de abertura para Billie Eilish, duas levas de shows pela America do Norte, uma pela Europa e Imaginal Disk sendo aclamado pelas críticas. Agora já em 2025, eles lançaram mais uma série de 4 pares de singles hipnotizantes também, mostrando trabalho contínuo do duo.
    Imaginal Disk é um álbum que continua soando tão bem quanto o dia que foi lançado. Os timbres de sintetizador do Matt penetram sua alma, como os arpejos em Image, os timbres de baixo como em Killing Time e That's My Floor, junto com as baterias groovadas e pocket. Tudo perfeitamente espaçado pra abrir espaço pra voz da Mica, que soa linda, muito bem mixada, por vezes cheia de camadas e delay, enquanto outras mais íntimas.

 3. PLUMA - Não leve a mal

https://e.snmc.io/i/fullres/s/76ffcc9ac1b3267ece61ab254550802d/12341463 

     Todos os serviços de streaming que eu usei em 2024 e 2025 sabem exatamente o quão obcecado em Pluma eu sou. Acaba sendo uma tendência com bandas que eu acabo conhecendo enquanto eu escuto eles ao vivo pela primeira vez. Na época, eles tinham os 2 EPs lançados e alguns singles do Não Leve a Mal e estavam abrindo para O Grilo, a outra banda do Teixeira, que estava de aniversário aquele dia. O instante que eu saí do show, salvei todas as músicas deles e esperei ansiosamente o álbum, que ficou na minha rotação diária desde que lançou.
    Pluma, assim como Adorável Clichê, é um daqueles grupos que você percebe a química a partir do momento que você escuta uma musica deles. Um arranjo que pra mim é fascinante, de sintetizador, baixo e bateria, sem guitarra, cujos resultados energéticos se demonstram tanto no estúdio quanto ao vivo. Diferente de Magdalena Bay, por exemplo, Pluma se segura a certos elementos mais perspicazes de quebras de tempo e de melodia, utilizando de elementos brasileiros, como o sambinha no final de Plano Z, cortesia do Pedro Martins d'O Grilo, e influencias claras da bossa nova nos acordes das teclas, como em Preguiça, que inclusive é cantada pelo próprio Dizzy. 
    É claro pra mim que nenhum dos músicos se guarda ou finge humildade na composição do álbum. A composição de teclas do Dizzy é dinâmica, multifacetada e a escolha de timbres é certeira, O Guilherme leva o baixo a um nível totalmente único em músicas como em Sem Você, Doce/Amargo e Quanto Vai Ficar (uma sequência de 3 músicas incríveis bem no final do álbum), enquanto isso o Teixeira acaba explorando muito tudo que ele sabe na bateria, tornando ela o elemento mais dinâmico de todo o álbum. Em cima disso, a voz da Marina é poderosa na medida certa, de uma forma que encaixa na composição sofisticada da banda, assim como ganha uma identidade própria e distinta dos timbres e instrumentos que por si só já são diversos. 

 2. Liniker - Caju

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     Liniker tem sido uma referência para a nova era da música brasileira desde 2016, quando revelou sua voz ao mundo com Remonta, seu debut com Os Caramelows que conquistou o coração de uma base de fãs dedicada e fiel. Goela Abaixo trouxe ela e seu grupo a um novo patamar artístico, que os destacou mediante ao cenário musical da época. Mas não foi até o debut solo de Liniker que o mundo veio a conhecer o potencial inteiro de Liniker, Indigo Borboleta Anil contava com um ápice poético a artista, com sonoridades do Soul e referências brasileiras do samba, forró e bossa nova.
     CAJU é um universo por si só, é algo que se explica ouvindo, e mesmo que eu dê meu máximo para lhe explicar o universo lírico, melódico e textural de Caju, eu sinto que nada verdadeiramente faz jus ao universo infinito que a Liniker cria em seu segundo LP como artista solo. É acima de tudo, verdadeiramente ela, com elementos sonoros brasileiros e latinos, que fazem um colchão lindo para que a voz doce e poderosa de Liniker consiga derramar suas letras cheias de sentimento ao mundo, com um tipo de intimidade que parece que a cantora não sabia na época que estas canções seriam ouvidas por milhões.   
    O projeto conta com participações incríveis que adicionam muito sabor à tracklist, de Amaro Freitas, um dos melhores pianistas do mundo que temos o prazer de chamar de brasileiro, a Tropkillaz e BaianaSystem, que oferecem timbres e abordagens incrivelmente novas ao repertório de Liniker, que sempre foi variado. Os takes solo também conseguem abordar energias e temáticas espetaculares, enquanto VELUDO MARROM é sentimental e chorosa, ME AJUDE A SALVAR OS DOMINGOS é um quasi-jazz energético e caótico. Seu nome não é caju a toa.

 1. Clairo - Charm

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    Chega a ser impressionante a jornada que Claire Cotrill teve desde Flaming Hot Cheetos e a sonoridade Lo-Fi que ela construiu na época do Diary 001. Apesar de minimalista, era uma sonoridade que mostrava vontade e foi parte de um movimento muito específico de 2017-2018. Após isso, eu acabei com um certo choque quando Immunity partiu pra uma sonoridade certamente diferente, que apesar de claramente atender a vontade de um público específico, não ressoou tanto comigo. Já com Sling, seu segundo álbum, já deu pra ver relances do que seria a sonoridade definitiva e maturada de Claire, com o arranjo mais arrojado e a sonoridade mais blocada. A questão pra mim era que a produção de Jack Antonoff ainda se centrava muito no vocal, não tanto na instrumentação. 
    Os relances do que viria a ser Charm vieram um ano antes, quando a Clairo lançou Live at Electric Lady, onde essa sonoridade blocada foi amplificada, e junto a ela foram incorporados elementos mais Jazz, como uma maior ênfase nos trechos de piano. Saxofone e guitarra também tiveram destaque maior, transformando interlúdios em solos, uma diferença gritante para o arranjo. Além disso o show ao vivo da Clairo se transformou, trazendo também um instrumental cru e de grupo, onde a química era o elemento predominante, e a liberdade performativa também se mostrava. Isso culminou em Charm.
     Charm parece similar a Sling em essência, trechos de piano complexos e bateria pocket somada a um baixo groovy e blocado, que abrem caminho para os vocais sussurrados da Claire, mas no decorrer do projeto, é perceptível que uma coisa que o projeto faz melhor que seu antecessor, é mediar o papel do vocal, que acaba indo algumas camadas para trás, enquanto o piano toma a retaguarda em certas músicas e a guitarra em outras. Os arranjos acabam se assemelhando bastante com a era de ouro dos Beatles, como Pier 4, que poderia facilmente ser um trecho tirado diretamente de Revolver. O que mais me leva a isso, são os próprios timbres instrumentais, principalmente do piano. Instrumentos que parecem soar barrocos de certa forma, e o próprio piano exerce uma liberdade imensa, controlando melodia e harmonia com proeza técnica, como por exemplo Thank You, que como pianista iniciante, tem sido minha pedra no sapato, que eu tento aprender desde que lançou.
    Apesar da posição de menor destaque no seu próprio álbum se comparado aos anteriores, o vocal de Clairo se encaixa perfeitamente nessa nova ideia de arranjo, com excertos como Echo e Nomad sendo densos liricamente e Juna e Sexy to Someone mostrando arranjos vocais lindos. O trabalho que Leon Michels trouxe em questão de produção, elevou tanto o instrumental quanto a própria voz da Claire para outro nível, produção que atingiu um feito que eu consideraria inédito para o gênero. Com todos os elementos se encaixando perfeitamente, e todos os elementos sendo individualmente perfeitos, Charm é meu álbum do ano de 2024, e entra na minha lista de álbuns 10/10.
 
 
 
 
 

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